Tramita na Câmara Municipal, um projeto de lei que visa conceder transporte como forma de fomento à geração de emprego. Trocando em miúdos, o Executivo pretende conceder transporte a trabalhadores campanhenses funcionários de uma empresa em Monsenhor Paulo. Ótimo, afinal é uma maneira de indiretamente contribuir com a diminuição da taxa de desemprego.
Sabemos que quem deve arcar com o transporte (ou vale transporte) é a empresa empregadora. Mas viu aí, o Executivo, um jeito de ajudar os trabalhadores e ainda gerar novos empregos (compromete-se a empresa a criar 40 vagas em 180 dias a partir da publicação da lei).
Isto posto, podemos falar da Educação. Todos nós sabemos sobre o estado lastimável da Educação pública em nosso país. Campanha não fica fora das estatísticas. Nosso município conta com algumas escolas particulares e uma cooperativa de ensino. Todas elas lutam com dificuldade para manter seu objetivo de instruir os filhos daqueles que querem um ensino diferenciado.
Querendo ou não a cooperativa e as escolas particulares, dão uma contribuição gigantesca à Educação em nosso município. Particularmente a Coopercamp (sobre esta posso falar afinal tenho tres filhos lá e fui o último presidente.), contribui com a geração de no mínimo 30 empregos. Paga seus funcionários em dia. Dá aumento aos professores anualmente. Tem um ensino (declarado por uma alta servidora da SRE!) como um dos melhores, do Sul de Minas. Infelizmente ainda não conta com sede própria. Tem o terreno, mas não sobra verba para iniciar a obra. O aluguel pago é algo dadaísta. Mas pela falta de alternativa é um "mal" necessário.
Considerando tudo isso, refletimos: por que o Executivo não ajuda nossas escolas particulares e a cooperativa? Porque são "burgueses"? Ledo engano. Ao menos os cooperados da Coopercamp são em sua esmagadora maioria, pais e mães trabalhadores, funcionários públicos, operários, etc. Homens e mulheres que batalham para dar o melhor para seus filhos. Quem tem grana mesmo, manda seus filhos estudarem no Marista em Varginha, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro. Será que é tão difícil assim, entender que a Coopercamp e as escolas particulares da Campanha prestam um serviço de extrema importância para a Educação campanhense? Elas estão ajudando a Educação. Talvez onde falham as públicas (que recebem verbas, tecnologias, livros, professores e servidores, etc), entram as privadas efetivamente educando.