domingo, 25 de dezembro de 2011

Hino do Akathistos

A Paróquia Santo Antônio, antes da Missa do Galo, celebrou o Hino Litúrgico Bizantino à Santa Mãe de Deus.

O Hino Akathistos (que literalmente significa «estando de pé», porque se canta nesta posição) é o hino mariano mais famoso do Oriente cristão e, possivelmente, de toda a Igreja.
Composto originalmente em grego no final do século V, é de autor desconhecido. Sua autoria é atribuída a diversos personagens, porém na há nenhuma prova concludente e possivelmente, seja melhor assim.
Como disse um comentarista moderno, «é melhor que o hino seja anônimo. Assim é de todos porque é da Igreja».
Efetivamente, desde princípios do século VI a Igreja bizantina o incluiu em sua liturgia como a expressão mais alta do culto à Santíssima Virgem, e o canta em muitas ocasiões, de modo especialmente solene no sábado da 5ª semana da Quaresma.
A estrutura métrica do texto original é de uma suma perfeição, de difícil tradução para outras línguas. As 24 estrofes que o compõem (umas mais longas, outras mais breves, alternadamente) se distribuem por igual em duas partes: uma evangélica e outra dogmática. A primeira parte representa a narração evangélica em uma série de quadros que vão desde a Anunciação de Maria até o Encontro de Maria com Simeão no templo de Jerusalém. A segunda parte expõe os principais artigos da fé mariana da Igreja: virgindade perpétua, maternidade divina, medianeira das graças celestiais.
O Hino Akathistos é comum a todos os cristãos de rito bizantino, ortodoxos e católicos. Constitui pois, uma antiga e solene ponte para a plena comunhão entre a Igreja do Oriente e do Ocidente.

I - Orações Iniciais
Sacerdote: Glória a Santíssima consubstancial, vivificante
e indivisível Trindade, a todo o momento,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos.
Coro: Amém.
Sacerdote: Glória a Ti, ó nosso Deus, glória a Ti!
Leitor: Rei celestial, Consolador, Espírito da verdade,
presente em toda parte e ocupando todo lugar,
tesouro dos bens e dispensador da vida,
vem e habita em nós,
purifica-nos de toda a mancha
e salva, ó Filantropo, as nossas almas!
  Santo Deus , Santo forte, Santo imortal,
tem piedade de nós. (3 vezes)
  Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
  Santíssima Trindade, tem piedade de nós;
Senhor, concede-nos a remissão de nossos pecados;
Mestre soberano, perdoa as nossas ofensas;
ó Santo, volta teu olhar para nós
e cura nossas doenças, pelo teu santo nome.
  Kyrie, eleison! (3 vezes)
  Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
  Pai nosso que estás nos céus,
santificado seja o teu nome;
venha a nós o teu reino,
seja feita a tua vontade,
assim na terra como no céu.
  O pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
perdoa-nos as nossas dívidas,
assim como nós perdoamos aos nossos devedores,
e, não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do mal.
Sacerdote: Pois teu é o reino, o poder e a glória,
Pai , Filho e Espírito Santo,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos.
Coro: Amém.
  Kyrie, eleison! (3 vezes)
  Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
E, fazendo a cada vez uma inclinação:
Coro: Vinde Adoremos e prostremo-nos
ante Deus, nosso Rei.
  Vinde Adoremos e prostremo-nos
ante o Cristo Deus, nosso Rei.
  Vinde Adoremos e prostremo-nos
ante o Cristo, nosso Rei e Deus.
(Recitam-se, em seguida, os salmos 50, 60 e 142)
A Grande Doxologia (Hino de Louvor ao Criador)
Coro: Glória a Ti, ó Doador da luz!
  Glória a Deus nas alturas,
paz na terra e benevolência aos homens!
  Nós te louvamos,
nós te bendizemos,
nós te adoramos,
nós te glorificamos,
nós te damos graças
por tua imensa glória.
  Senhor Deus, Rei dos céus,
Deus Pai Onipotente.
  Senhor, Filho Unigênito, Jesus Cristo,
e Espírito Santo.
  Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
  Tu, que tiras o pecado do mundo,
tem piedade de nós.
  Tu, que tiras o pecado do mundo,
acolhe a nossa súplica.
  Tu, que estás à direita do Pai,
tem piedade de nós.
  Só Tu és Santo,
só Tu, o Senhor,
só Tu, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
na glória de Deus Pai. Amém!
  A cada dia te bendigo louvando o teu Nome,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos.
  Ajuda-nos, Senhor,
a permanecer sem pecado neste dia.
  Tu és bendito ó Senhor, Deus dos nossos pais;
e que o teu Nome seja louvado e glorificado para sempre.
  Derrama sobre nós, ó Senhor, a tua misericórdia,
porque Tu és a nossa esperança.
  Tu és bendito ó Senhor,
ensina-me teus mandamentos.
  Tu és bendito ó Mestre,
ensina-me teus mandamentos.
  Tu és bendito ó Santo,
ensina-me teus mandamentos.
  Tu és o nosso eterno refúgio, ó Senhor,
de geração em geração.
  Eu disse: Senhor, tem piedade de mim!
Cura a minha alma porque pequei perante Ti.
  Em Ti, Senhor, eu me refugio;
ensina-me a fazer a tua vontade,
pois Tu és meu Deus.
  Porque em Ti está a fonte da vida;
na tua luz vemos a luz.
  Estende a tua misericórdia
sobre todos os que te confessam.
  Santo Deus, Santo poderoso, Santo imortal,
tem piedade de nós. (3 vezes)
  Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.
Segue a recitação ou canto do Credo Niceno-constantinopolitano
Credo Niceno-Constantinopolitano
Coro: Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
  Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado não criado,
consubstancial ao Pai.
  Por ele todas as coisas foram feitas.
E, por nós, homens, e para a nossa salvação,
desceu dos céus:
e se encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e se fez homem.
  Também por nós foi crucificado
sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.
  Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as escrituras.
  E subiu aos céus,
onde está sentado à direita do Pai.
  E de novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
  Creio no Espírito Santo,
Senhor que dá a vida, e procede do Pai;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
ele que falou pelos profetas.
  Creio na Igreja
una , santa, católica e apostólica.
  Professo um só batismo
para remissão dos pecados.
  Espero a ressurreição dos mortos;
  E a vida do mundo que há de vir. Amém.
Parte Narrativa: «Episódios Evangélicos»
O sacerdote incensa o ícone (principal) da Santíssima Mãe de Deus e os fiéis enquanto todos recitam o tropário:
Tropário
  A ti, Maria, como ao general invencível,
meus cantos de vitória!
A ti, que me livraste de meus males,
ofereço meus cantos de reconhecimento!
Pois que tens uma força invencível,
livra-me de toda espécie de perigos,
a fim de que te aclame:
Ave, Virgem e Esposa!
I Estação: «O Anúncio do Anjo Gabriel»
  O mais sublime dos anjos
foi enviado dos céus
para dizer «Ave» à Mãe de Deus.
Vendo-te, Senhor, feito homem
à sua angélica saudação,
deteve-se extasiado diante da Virgem,
aclamando-a assim:
  Ave, por ti resplandece a alegria!
Ave, por ti a maldição toda cessa!
Ave, reergues o Adão decaído!
Ave, tu estancas as lágrimas de Eva!
Ave, mistério que excede o intelecto humano!
Ave, insondável abismo aos olhares dos anjos!
Ave, porque és o trono do Rei soberano!
Ave, porque tu governas quem tudo governa!
Ave, ó estrela que o sol anuncias!
Ave, em teu seio é que Deus se fez carne!
Ave, por quem a criação se renova!
Ave, o Criador fez-se em ti criancinha!
  Ave, Virgem e Esposa!
Antífona I
  Sabendo Maria de ser a Deus consagrada,
assim a Gabriel dizia:
«A tua mensagem é misteriosa aos meus ouvidos
e incompreensível ressoa à minha alma.
De uma Virgem um parto tu anuncias», exclamando:
Aleluia! (3 vezes)
«Maria e o Anúncio do Anjo»
  Desejava a Virgem entender o mistério,
e ao divino mensageiro pergunta:
«Poderá uma virgem dar à luz um menino?
– Dize-me!». Com reverência,
o Anjo respondia, cantando assim:
  Ave, mistério, vontade inefável!
Ave, ó fé maturada em silêncio!
Ave, prelúdio dos faustos de Cristo!
Ave, sumário do santo Evangelho!
Ave, ó escada sublime por quem Deus nos veio!
Ave, ó ponte que os hímens ao céu encaminha!
Ave, dos Anjos tu és maravilha gloriosa!
Ave, do inferno derrota total contundente!
Ave, que a Luz por mistério geraste!
Ave, que o «modo» a ninguém ensinaste!
Ave, transcendes a ciência dos sábios!
Ave, iluminas a todos os crentes!
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona II:
  A virtude do Altíssimo
a cobriu com sua sombra
e tornou Mãe a Virgem sem núpcias:
o seio por Deus fecundado
tornou-se campo abundante
para todos aqueles que buscam a salvação
e assim aclamam:
Aleluia! (3 vezes)
«Visita de Maria a sua prima Santa Isabel»
  Tendo em seu seio o Senhor,
solícita Maria
visitava sua prima Isabel.
O menino no ventre materno,
ouvindo a saudação, exultou,
e, saltando de alegria,
à Mãe de Deus aclamava:
  Ave, ó ramo de planta incorrupta!
Ave, do fruto imortal, colheita!
Ave, cultora do Mestre dos homens!
Ave, ó Mãe de quem deu-nos a vida!
Ave, ó campo veraz que produz muitos frutos!
Ave, ó mesa bem farta de perdões abundantes!
Ave, tu fazes florir as planícies celestes!
Ave, a nós todos preparas um porto seguro!
Ave, ó incenso das preces aceitas!
Ave, purificação do universo!
Ave, bondade de Deus pelos homens!
Ave, ante Deus, dos mortais és audácia!
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona III
  Com o coração tumultuando
e cheio de dúvidas,
o prudente José se debatia.
Sabe que és Virgem intacta
e suspeita secretos esponsais.
Conhecendo-te Mãe
pela ação do Espírito Santo, exclama:
Aleluia! (3 vezes)
II Estação: «O Anúncio Alegre aos Pastores»
  Os pastores ouviram os coros dos anjos
que cantavam ao Senhor feito homem.
Correndo, vão ver o Pastor.
Contemplam o Cordeiro inocente
alimentando-se do seio materno
e à Virgem entoam um canto:
  Ave, ó mãe do Pastor e Cordeiro,
Ave, és aprisco da Mística Ovelha,
Ave, preservas do oculto inimigo,
Ave, ó chave das portas celestes.
Ave, por ti congratula-se o céu com a terra,
Ave, por ti, terra e céu, em uníssono cantam,
Ave, do apóstolo, boca jamais silenciosa,
Ave, invencível coragem dos mártires todos.
Ave, da fé inabalável baluarte,
Ave, da graça, fulgente estandarte,
Ave, por ti foi o inferno espoliado,
Ave, nos tens revestido de glória.
  Ave, Virgem e esposa!
Antifona IV
  Observando a estrela
que a Deus os guiava,
os magos seguiram seu fulgor.
Era lâmpada segura em seu caminho,
que os conduziu ao Rei poderoso.
Chegados ao Deus inatingível,
o aclamam felizes:
Aleluia! (3 vezes)
«A Adoração dos Magos»
  Contemplaram os magos, no colo materno,
Aquele que plasmou o homem em suas mãos.
Compreenderam ser ele o seu Senhor,
escondido sob o aspecto de servo.
Solícitos, oferecem-lhe seus dons
e à Mãe aclamam:
  Ave, que a estrela perene geraste!
Ave, és aurora do místico dia!
Ave, que a forja do engano extinguistes!
Ave, o mistério de Deus iluminas!
Ave, o tirano inimigo dos homens destronas!
Ave, que o Cristo, mostraste Senhor nosso amigo!
Ave, resgatas do culto selvagem aos deuses!
Ave, teus filhos libertas do ataque do mal!
Ave, que o culto do fogo extinguistes!
Ave, que aplacas o fogo dos vícios!
Ave, que educas o crente a ser casto!
Ave, alegria de todos os povos!
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona V
  Mensageiros de Deus
tornaram-se os magos
de volta para suas terras.
Cumpriu-se o antigo oráculo
quando a todos falavam de Cristo,
sem pensar no estulto Herodes,
incapaz de cantar:
Aleluia! (3 vezes)
«Fuga para o Egito»
  Egito tu iluminas
com o resplendor da verdade,
afugentando as trevas do erro.
À tua passagem os ídolos caíam
não podendo te suportar, Senhor.
E os homens, libertados do engano,
à Virgem aclamam:
  Ave, reergues o gênero humano!
Ave, ruína total dos demônios!
Ave, esmagaste a potência enganosa!
Ave, que o logro dos ídolos mostras!
Ave, ó mar que afogou o faraó demoníaco!
Ave, rochedo a saciar os sedentos de vida!
Ave, coluna de fogo a guiar os errantes!
Ave, és abrigo do mundo, mais amplo que as nuvens!
Ave, o maná verdadeiro nos deste!
Ave, nos serves delícias sagradas!
Ave, ó terra por Deus prometida!
Ave, ó fonte do mel e do leite!
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona VI
  Simeão, o velho,
já no fim dos seus dias,
estava para deixar a sombra deste mundo.
A ele foste apresentado como Menino,
mas, vendo-te qual Deus poderoso,
admirou o arcano desígnio e exclamava:
Aleluia! (3 vezes)
Parte Dogmática: «Os mistérios da fé»
III Estação: «A Virgindade Fecunda de Maria»
  Renovou o Excelso
as leis deste mundo
quando veio habitar entre nós.
Germinado no seio de uma Virgem,
conserva-o intacto como sempre o fora.
Nós, admirados por este prodígio,
à Virgem santa cantamos:
  Ave, ó flor da total virgindade!
Ave, protótipo da castidade!
Ave, da ressurreição, claro emblema!
Ave, que a vida dos Anjos revelas!
Ave, frutífera planta, alimento do crentes!
Ave, ó árvore umbrosa que abrigas a muitos!
Ave, teu seio carrega o mentor dos errantes!
Ave, que à luz deste o libertador dos cativos!
Ave, que o justo Juiz nos abrandas!
Ave, perdão do relapso e contrito!
Ave, coragem dos desesperados!
Ave, és amor que preenche os desejos!
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona VII
  Contemplando o parto milagroso,
e afastados do mundo,
dirigimos a mente para o céu.
O Altíssimo apareceu entre nós
no humilde aspecto humano de um pobre
e eleva ao mais alto da glória
aqueles que cantam:
Aleluia! (3 vezes)
«A Maternidade Divina de Maria para a nossa Salvação»
  A Palavra de Deus infinito
habitava na terra
e enchia os céus.
Sua descida amorosa até o homem
não fez mudar sua suprema morada.
Era o divino parto da Virgem
que ele ouvia cantar:
  Ave, morada do Deus infinito!
Ave, ó porta do augusto mistério!
Ave, mensagem que inquieta os descrentes!
Ave, ufania e segurança dos crentes!
Ave, veículo santo do Altíssimo Filho!
Ave, mansão gloriosa do Verbo encarnado!
Ave, da virgem e mãe as grandezas reúnes!
Ave, os contrários a um fim tão igual consorcias!
Ave, o pecado de Adão dissolveste!
Ave, por ti foi o céu reaberto!
Ave, ó chave do reino de Cristo!
Ave, esperança dos bens sempiternos!
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona VIII
  Toda a multidão dos anjos,
admirada, contempla
o mistério de Deus encarnado.
Ao senhor inacessível,
feito homem, admira-o, acessível,
caminhar pelas sendas humanas,
ouvindo cantar:
Aleluia! (3 vezes)
«O Mistério do Parto Virginal de Maria»
  Os eloqüentes oradores,
como peixes emudecem
diante de ti, santa Mãe do Verbo.
Não compreendem como foi possível
permanecer Virgem depois de ser Mãe.
Nós, teus devotos, o prodígio admiramos
e com fé proclamamos:
  Ave, sacrário da ciência divina
Ave, tesouro da fiel providência
Ave, os sapientes afirmas ignaros
Ave, os loquazes revelas vazios.
Ave, convences de inane a astuciosa palavra
Ave, que tornas sem nexo os criadores dos mitos
Ave, os astutos sofismas dos gregos desfazes
Ave, replenas as redes dos bons pescadores.
Ave, nos livras da imensa ignorância
Ave, iluminas inúmeras mentes
Ave, batel dos que querem salvar-se
Ave, ó porto dos nautas da vida.
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona IX
  Para salvar o mundo,
o Criador de todas as coisas
quis vir a ele.
Sendo Deus, tornou-se nosso Pastor
e apareceu entre nós como Cordeiro.
Sendo homem, atrai a si os homens
e como Deus ouve cantar:
Aleluia! (3 vezes)
IV Estação: «Maria: Modelo de Pureza e Santidade»
  Ó Virgem, Mãe de Cristo,
vindo morar em teu seio,
o divino Criador te fez
o baluarte das virgens
e de quantos a ti recorrem.
Ele nos convida a cantar
em tua honra, ó Ilibada:
  Ave, pilar da integral virgindade!
Ave, ó porta de quem quer salvar-se!
Ave, ó mestra das coisas sagradas!
Ave, doadora da Graça Divina!
Ave, dá a vida nova aos nascidos na culpa!
Ave, instrutora das mentes que estavam dispersas!
Ave, tu expulsas aqueles que a mente corrompe!
Ave, ó Mãe de Jesus, semeador de almas castas.
Ave, ó tálamo em núpcias virgíneas
Ave, que os crentes com Deus concilias
Ave, ideal pedagoga das virgens
Ave, que os santos recobres de bênçãos.
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona X
  É sempre inferior o canto
que presuma engrandecer
as tuas inúmeras virtudes.
Tantos como é a areia da praia
podem ser os nossos hinos, ó Rei Santo,
porém, nunca alcançariam as graças
que destes a quem canta:
Aleluia! (3 vezes)
«Maria, Mãe de Quem Nasce a Igreja»
  Como tocha luminosa
a iluminar os que jazem nas trevas,
resplandece a Virgem Maria.
Foi ela que acendeu a Luz eterna.
Seu fulgor ilumina as mentes
e é guia à sabedoria divina,
inspirando este canto:
  Ave, do místico sol o lampejo!
Ave, ó astro da flama perene!
Ave, ó clarão que iluminas as almas!
Ave, trovão a assustar o inimigo.
Ave, tu fazes luzir esplendor fulgurante!
Ave, transbordas o rio com mil afluentes!
Ave, figura das águas do santo batismo!
Ave, tu lavas as manchas de nossos pecados.
Ave, lavacro que iliba a consciência!
Ave, ó taça que infunde alegria!
Ave, o perfume de Cristo recendes!
Ave, ó vida do sacro banquete.
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona XI
  Querendo nos perdoar o primeiro pecado,
Aquele que paga as dívidas de todos
busca asilo no meio dos seus trânsfugas,
exilando-se livremente do céu.
Rasgando o antigo rescrito,
ouve cantar:
Aleluia! (3 vezes)
«Maria, Protetora e Auxílio de Todos os Cristãos»
  Glorificando o teu parto,
todo o universo te louva
qual tabernáculo vivente, ó Senhora.
Colocando sua morada no teu seio
Aquele que segura tudo em sua mão,
o Senhor, te fez santa e gloriosa,
e nos convida a te louvar:
  Ave, ó casa de Deus e do Verbo!
Ave, ó santa mais santa que os santos!
Ave, no espírito, arca dourada!
Ave, infinito tesouro de vida.
Ave, precioso diadema dos reis piedosos!
Ave, louvor glorioso dos pios sacerdotes!
Ave, ó torre inconcussa da Igreja de Cristo!
Ave, tu és baluarte invencível do império.
Ave, troféus por ti conquistados!
Ave, por ti o inimigo é vencido!
Ave, remédio do corpo doente!
Ave, tu és a salvação de minha alma!
  Ave, Virgem e esposa!
Antífona XII
  Digna de todo louvor,
Santa Mãe do Verbo,
Santíssimo entre todos os Santos,
recebe, nesse canto, a nossa oferta.
Salva o mundo de todo perigo;
de todos os males e dos castigos futuros
1ivra-nos, a nós que cantamos:
Aleluia! (3 vezes)
E repete-se novamente o tropário:
Tropário
  A ti Maria, como ao general invencível,
meus cantos de vitória.
A ti, que me livraste de meus males,
ofereço meus cantos de reconhecimento.
Pois que tens uma força invencível,
livra-me de toda espécie de perigos,
a fim de que te aclame:
Aleluia! (3 vezes)
Somente na primeira sexta-feira da quaresma o sacerdote proclama o santo Evangelho. Fazendo uma reverência diante do evangeliário, ergue-o e sai com ele pelas portas santas, dirigindo-se ao ambão.
Evangelho
Sacerdote: Sabedoria!
  Elevemo-nos para escutar o santo Evangelho.
  A paz seja convosco!
Coro: E com o teu espírito.
Sacerdote: Proclamação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o evangelista São N. ...
Coro: Glória a Ti, Senhor, glória a Ti!
Sacerdote: Estejamos atentos!
O sacerdote proclama o Evangelho do dia e, ao final, o coro responde:
Coro: Glória a Ti, Senhor, glória a Ti!
Grande e Insistente Súplica
Sacerdote/Diácono: Digamos todos, de toda nossa alma e de todo nosso espírito:
Coro: Kyrie, eleison!
Sacerdote/Diácono: Senhor Todo-poderoso, Deus de nossos pais,
nós te pedimos: escuta-nos e tem piedade de nós!
Coro: Kyrie, eleison!
Sacerdote/Diácono: Tem piedade de nós, ó Deus, segundo tua grande misericórdia, nós te suplicamos: escuta-nos e tem piedade de nós!
Coro: Kyrie, eleison! (3 vezes e, assim, a cada súplica)
Sacerdote/Diácono: Oremos ainda pelo nosso santo pai o patriarca N.,
pelo nosso Metropolita N. ... , (arcebispo, ou bispo),
pelos sacerdotes, diáconos, religiosos
e por todos os nossos irmãos e irmãs em Cristo.
  Oremos ainda pelo Brasil, nosso amado país
protegido por Deus, seu governo e força de segurança.
  Oremos ainda pelos fundadores deste santo templo,
pelos nossos pais e irmãos falecidos
que, fiéis à verdadeira fé, repousam piedosamente aqui
e em toda parte do mundo.
  Oremos ainda implorando misericórdia, vida, paz, saúde,
salvação e visita divina aos servos de Deus N.,
e pelo perdão e a remissão dos seus pecados.
  Oremos ainda pelos benfeitores desta santa e venerável igreja,
pelos que nela se afadigam e cantam
e por este povo aqui presente que espera de Ti
a grande e abundante misericórdia.
E, em voz baixa, o sacerdote reza a oração da Súplica Insistente:
Sacerdote: Ó Senhor, nosso Deus, acolhe esta fervorosa súplica,
e tem piedade de nós, os teus servos
segundo a grandeza de tua bondade;
derrama tua compaixão sobre todo o teu povo,
que espera de Ti a infinita misericórdia.
E, elevando a voz:
  Pois Tu és um Deus bom e misericordioso,
nós te glorificamos, Pai , Filho e Espírito Santo,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos.
Coro: Amém.
Orações Finais
  Santo Deus , Santo forte, Santo imortal,
tem piedade de nós. (3 vezes)
  Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
  Santíssima Trindade, tem piedade de nós;
Senhor, concede-nos a remissão de nossos pecados;
Mestre soberano, perdoa as nossas ofensas;
ó Santo, volta teu olhar para nós
e cura nossas doenças, pelo teu santo nome.
  Kyrie, eleison! (3 vezes)
  Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
  Pai nosso que estás nos céus,
santificado seja o teu nome;
venha a nós o teu reino,
seja feita a tua vontade,
assim na terra como no céu.
  O pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
perdoa-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos aos nossos devedores,
e, não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do mal.
Sacerdote: Pois teu é o reino, o poder e a glória,
Pai , Filho e Espírito Santo,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos.
Coro: Amém.
  Kyrie, eleison. (3 vezes)
  Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.
Oração
  Ó gloriosa, sempre Virgem e bendita Mãe de Deus,
ofereça minhas orações a teu Filho e meu Deus,
e roga a ele pela salvação de minha alma.
  O Pai é minha esperança,
o Filho é meu refúgio
e o Espírito Santo é meu amparo:
Santíssima Trindade, glória a Ti!
  Em ti deposito toda a minha esperança;
ó Mãe de Deus,
guarda-me sob a tua proteção.
Despedida
Sacerdote: Glória a Ti, ó Cristo Deus, esperança nossa, glória a Ti!
Coro: Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.
  Kyrie, eleison! (3 vezes)
  Padre, abençoa-nos em nome do Senhor!
Sacerdote: Ó Cristo nosso verdadeiro Deus
[que ressuscitaste dos mortos,
ou a invocação própria da Festa do dia... ]

pelas orações da tua puríssima Mãe,
dos santos e gloriosos apóstolos,
de S. N., (Santo titular da Igreja e do dia),
dos santos e justos avós do Senhor,
Joaquim e Ana e de todos os santos,
tem piedade de nós, ó Filantropo, e salva-nos,
E, fazendo uma grande inclinação diante do altar, diz:
  Pelas orações dos nossos santos padres,
Senhor Jesus Cristo, nosso Deus, tem piedade de nós!
Coro: Amém
 ____________________

O texto usado pelos fiés, na Catedral não é este. Mas este que encontrei é bastante parecido. Na verdade a essência é a mesma. 
 Giovani Rodrigues
Fonte: Ecclesia

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Redação de Cartas - Uma arte em extinção?

Texto interessante que encontrei navegando de bobeira pela net, pesquisando sobre Mark Twain, :

Redação de cartas é uma arte que está desaparecendo

Catherine Field
Paris (França)
O envelope chega com o endereço laboriosamente manuscrito e com o selo trazendo a figura da rainha perfeitamente colocado no canto superior direito.

O carteiro para a sua bicicleta para colocar a carta na caixa de correspondência e o cachorro emite dois latidos. É hora de fazer chá e ler.

A carta foi enviada por Joyce, a minha sogra de 75 anos de idade, que mora na Inglaterra. Ela é sempre escrita dos dois lados de uma única folha, em papel de boa qualidade, sem linhas e margens, e nenhuma textura especial ou perfume de lavanda. A redação é feita em um papel branco simples.

Ela escreve em letras manuscritas, em estilo claro, mas relaxado, que não procura impressionar o leitor. As suas palavras encaixam-se confortavelmente nos dois lados da página; os pensamentos dela fluem perfeitamente de um parágrafo ao outro. Não há finais dissonantes de parágrafo, postscriptum, ou siglas como OMG ou LOL. Nada de ícones smiley. Apenas palavras.

A mulher que escreve estas cartas ficou viúva recentemente. O marido dela foi durante décadas o colunista de pesca mais popular do Reino Unido, tendo escrito as suas colunas sem falha até cinco dias antes da sua morte, aos 88 anos de idade. A minha sogra cuidou dele em casa durante os seus últimos três anos de vida, até que ele morresse, ao lado dela, durante o sono.

A carta dela frequentemente demora quatro ou cinco dias para chegar a mim, mas a sensação rompe instantaneamente as barreiras de tempo e espaço. Sentada com a carta nas mãos, eu imediatamente visualizo a remetente: lá está ela, sentada à mesa na sala de jantar, com uma xícara de chá à sua direita, o rádio desligado ou com o volume baixo, os pensamentos fluindo pelos seus dedos para a página.

As cartas dela nos informam sobre as condições meteorológicas, a gentileza dos vizinhos, os empecilhos burocráticos vinculados à morte, as cartas de condolências que ela recebeu – em suma, sobre todos os detalhes relativos a recomeçar a vida sem o homem que ela amou durante 50 anos.

Quando acaba de redigir, ela veste o casaco, coloca a boina na cabeça e caminha até a caixa dos correios, bem a tempo para a coleta das 16h30.

Para ela, escrever uma carta em um momento de pesar é algo que faz parte da vida, é um sinal de civilidade e compromisso que mantém a sociedade coesa. Para a geração dela, dever e cortesia são coisas tão normais como respirar.

Eu me descubro formulando as perguntas: será que esta geração que desaparece será também a última a escrever cartas? Mensagens escritas à mão em vez de em fragmentos de código binário? Uma escrita que contém emoções em vez de emoticons?

A redação de carta é uma das artes mais antigas. Pensem em cartas e imediatamente vêm à mente as figuras de Paulo de Tarso, Abraham Lincoln, Jane Austen, Mark Twain; cartas de amor escritas durante a Guerra Civil Norte-americana, ou cartas escritas para um pai ou mãe por um soldado amedrontado na frente de batalha.

Uma boa carta manuscrita é um ato criativo, e não apenas porque trata-se de um prazer visual e tátil. Isso é um ato deliberado de exposição, uma forma de vulnerabilidade, porque a redação manuscrita abre uma janela para a alma de uma forma que a comunicação por computador jamais será capaz de fazer. A gente saboreia a chegada dela e mais tarde toma o cuidado de guardá-la em segurança em uma caixa.

Sim, o e-mail é uma invenção maravilhosa. Ele conecta pessoas de todo o mundo, destruindo em um instante as barreiras geográficas enfrentadas pela correspondência comum. Mas, o e-mail é por natureza efêmero e carece daquela centelha de personalidade que só a redação manuscrita é capaz de proporcionar. Quando recebemos um e-mail, nunca somos capazes de saber se fomos os únicos destinatários – e sequer se a mensagem é original.

Sempre gostamos de examinar as cartas de grandes figuras como Winston Churchill e Abigail Adams devido à inspiração que elas nos proporcionam: a escrita, as rasuras, a própria sensação de história transmitida pelo papel.
Sentada aqui, saboreando a chegada iminente da próxima carta da minha sogra, eu me pergunto qual será o legado da era de redação digital de cartas.

Catherine Field é jornalista e mora em Paris.

Giovani Rodrigues 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Retratação: Sobre a Dama da Noite

Venho nesta postagem, corrigir um erro que bisonhamente cometi no texto Erradicação da Dama da Noite em Campanha MG 

Como sou totalmente leigo no assunto, fui mal informado que a tal lei era para erradicar a perfumosa Dama da Noite.

Como podem notar, no equivocado texto, o meu amigo José Augusto Oliveira  alerta para o erro que cometi.
Realmente a murta não tem nada a ver com a dama da noite. Percebemos pelo nome científico que são distintas.

Transcrevo aqui o pertinente comentário do José Augusto, o famoso Zezé:

Gostaria de fazer uma observação sobre a Murta. A Murta ou Dama da Noite em que se trata para erradicação seria a:

Nome Científico: Murraya paniculata
Sinonímia: Chalcas paniculata, Murraya exotica, Chalcas exotica
Nome Popular: Murta-de-cheiro, murta, murta-da-índia, murta-dos-jardins, jasmim-laranja, dama-da-noite
Família: Rutaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Índia e Malásia, Sul e Sudeste da Ásia
e não a tão conhecida Dama da Noite existente em grande quantidade em nossa cidade que é a:

Nome Científico: Cestrum nocturnum
Sinonímia: Cestrum leucocarpum, Cestrum parqui
Nome Popular: Dama-da-noite, flor-da-noite, jasmim-da-noite, rainha-da-noite, coirana,coerana, jasmim-verde
Família: Solanaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Tropical

. Temos que tomar muito cuidado com informações sem um parecer técnico emitido por um profissional da área, Já que existe na maioria das casas e a flor que deixa aquele cheiro maravilhoso é a Cestrum nocturnum. 

Agradeço a gentil intervenção do Zezé e também da colega de trabalho, Solange que também procurou-me para alertar quanto ao equívoco que cometi.

Lamento o fato de não ter sido procurado nem pela EMATER, nem pela Prefeitura Municipal para um exclarecimento sobre o meu texto. 

De qualquer forma o que importa é que nossa Dama da Noite permanecerá nos presenteando com seu perfume, sem ameaça de extermínio.

Giovani Rodrigues

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Erradicação da Murraya Paniculata (Dama da Noite) na Campanha


Foi aprovado projeto de lei que visa erradicar a cheirosa Dama da Noite do município da Campanha. 

Apesar de ser uma planta que perfuma nossas tardes, ela também é grande vilã responsável por hospedar o mosquito "Psilídeo" que é o vetor da doença Greening. Esta doença afeta os cítrus, deixando as folhas amareladas e mosqueadas.

 Causa também a má formação das frutas, necessitando a árvore ser arrancada pela raiz para não contaminar todo o pomar. Um pomar de tangerina ponkan ou laranja que atinja 28% de infestação, deverá ser integralmente erradicado. 


Campanha é um grande produtor nacionail da tangerina ponkan. Sendo considerada uma das melhores do Brasil. A produção e colheita gera inúmeros empregos. Daí a necessidade da lei com intuito de proteger nossos pomares.

      "A murta ou falsa murta (Murraya Paniculata) é uma árvore ornamental, de pequeno porte, espécie exótica, importada da Ásia, muito utilizada na arborização urbana no Estado de São Paulo e no Brasil.

     Há pesquisas científicas que constataram que a murta (Murraya Paniculata) é uma hospedeira da bactéria Candidatus Liberibacter ssp. de origem asiática e outra mundialmente desconhecida, que foi denominada de Candidatus Liberibacter americanus, que vivem e se desenvolvem no floema das murtas – vasos que distribuem a seiva elaborada – sendo um vetor de multiplicação do “greening.”

      O “greening”, também chamado de (Huanglongbing - HLB) é considerado em muitos países como a principal doença dos citros.

      A doença é originária da China – forma asiática – e da África do Sul – forma africana. Hoje as duas formas afetam seriamente os pomares de vários países da Ásia, África e do Oriente Médio.

      Foi em março de 2004 que aconteceu a primeira constatação do “greening” nos pomares brasileiros, quando os citricultores se depararam com a manifestação de sintomas totalmente desconhecidos por eles, em várias plantas de pomares das regiões Centro e Sul do Estado de São Paulo.

      Antes da constatação nos pomares paulistas eram conhecidas apenas duas formas de bactérias causadoras do “greening”, a (Candidatus Liberibacter africanus), associada ao “greening” africano, e (Candidatus Liberibacter asiaticus), associada à forma asiática, mas após a doença ser constatada em nossos pomares descobriu-se uma nova forma, mundialmente desconhecida, que foi denominada de (Candidatus Liberibacter americanus), predominante no Brasil, sendo que esta foi encontrada, também, na planta ornamental (Murraya Paniculata), conhecida como murta, falsa murta ou murta de cheiro, hospedeira do vetor da bactéria.

      Enquanto o “greening” não foi plenamente conhecido os produtores sofreram por falta de assistência oficial, ou mesmo por desinteresse, uma vez que ainda não haviam sido determinadas as técnicas de combate"(Parecer da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo emitido em 15/04/2008).

Foto: Marco Albuquerque
Este parecer da ALESP, mostra a preocupação com a doença no Estado de São Paulo. A lei foi aprovada naquele estado, mas parece que o governador José Serra, na época, não quis a sancionar. Existe uma legislação, segundo o site  da Prefeitura de Carmo do Rio Claro que impede a propagação da planta, mas nada que impeça sua erradicação. Segundo o mesmo site, algumas cidades do Paraná e São Paulo já criaram leis com este objetivo específico.

Interessante a opinião do Engenheiro Agrônomo Everton Affonso de André no fórum Jardineiro.Net : "(...) Apenas esclarecendo, essa bactéria não tem muita "preferência" quanto às espécies que contamina. Assim o Greening ocorre em todas as plantas cítricas: laranja, limão, tangerinas, e inclusive a murta. Reforço ainda, que o combate à doença necessita do controle do inseto vetor e da eliminação das plantas com Greening. Cabe ainda ao Estado, uma ação mais agressiva e eficaz no combate à doença, e isso inclui a capacitação dos produtores para o reconhecimento dos sintomas da doença no campo, o que não é feito".

Foi comentado no fórum Jardineiro.Net que os citrus plantados em quintais e não cuidados também podem ser perigosos. Eis a necessidade de, além de erradicar a murta, fazer uma campanha para conscientizar e ajudar a população a cuidar de suas laranjeiras, limoeiros e tangerineiras plantadas no pomar doméstico. Acaba-se com a dama da noite, mas o perigo continua caso as frutíferas domésticas fiquem abandonadas à própria sorte.

Resta saber como será colocada em prática esta lei. Considerando que só se pode entrar na casa de uma pessoa com consentimento dela; sem o consentimento, se pode entrar durante o dia com ordem do juiz; os agentes públicos (e como serão designados e por qual orgão?) baseados em que adentrarão as casas para fiscalização e erradicarção das murtas? Serão emitidas ordens judiciais para todas as residências? Qual será a penalidade para quem não permitir acesso à sua residência e quintal? Se houver multa, qual será ela? Será arbitrariamente? Ou será apenas mais uma lei sem valor efetivo?

Giovani Rodrigues.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Missa com crianças no dia de Nossa Senhora Aparecida 12/10/2011

Aprendi neste feriado dedicado à Padroeira do Brasil, mais uma: combinei com a Helen que ela iria à missa das 10 horas, missa com crianças, mais os meus filhos que acolitariam. Eu iria na missa da noite. Queria "fugir" dos possíveis abusos litúrgicos que geralmente acontecem nesta missa por ocasião também do Dia das Crianças. Para evitar ficar aborrecido.  De última hora resolvi oferecer a Deus o "sacrifício" de assistir à missa com minha esposa sem reclamar dos eventuais abusos.

E não é que tive uma feliz surpresa? A missa foi maravilhosa. Sem abusos. Haviam sim, balões coloridos pendurados nas laterais da nave da catedral, mas nada exagerado, nada tapando a visão do altar ou do ambão. Os balões foram distribuídos à criançada mas só depois do encerramento da Santa Missa.

Nosso querido pároco, Pe. Marquinho Iabrud, fez como sempre uma homilia belíssima. Inclusive brinquei com ele dizendo que hoje "baixaram" dois santos: São João da Cruz, pelo fato de ser um exímio pregador e São Jerônimo, pois fez a proclamação do Santo Evangelho sem ler. Sabia de cor. Brindou-nos com sua sabedoria e espiritualidade. Didática sua pregação sobre a história do Brasil e de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Deixou claro nossas raízes enquanto brasileiros e católicos. Indissociáveis. Nada pode separar de nós, povo brasileiro, a catolicidade e o amor à Virgem Santíssima.

Aprendi que como naquela final de Mercosul 2000, em que não acreditei no meu Vasco e após estar perdendo por 3X0, virei para o lado e dormi não vendo a virada espetacular, também não devo trocar o horário habitual de ir à missa por medo de deparar com abusos litúrgicos. Isso é falta de fé. Não devo ficar tão apreensivo, ainda mais que, desde a chegada dos Padres Marquinho e Bruno César, muito foi corrigido com relação a este grave problema que tem tirado o sono de católicos ortodoxos preocupados com a celebração da liturgia de acordo com a Instrução Geral do Missal Romano e documentos do Magistério direcionados à celebração eucarística.
Nossa Senhora Aparecida, cheia de poder e de bondade, livrai-nos a nós brasileiros e sul-americanos da heresia do modernismo e da teologia da libertação. Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos e ao vosso Santíssimo Filho, Jesus.
Giovani Rodrigues 

domingo, 18 de setembro de 2011

Suite Habana


Ontem apaguei no sofá. Quando acordei estava passando um filme cubano na TV Brasil. Já estava nas últimas partes. Era tipo um documentário em que ao longo de um dia, vários personagens eram focalizados.

Parecia ser o cotidiano de cubanos comuns em sua capital. Fiquei impressionado com a melancolia em que vivem os havaneses. Minha modesta casa, comparada com a deste sofrido povo, é uma mansão. Havana, ao menos no filme, dá a impressão de uma gigantesca favela. Não só a periferia, mas toda ela.Os carros que circulam, são todos antigos. Creio que desde a época da revolução, a frota nunca foi atualizada. A comida é a base de verduras, ovo e batata cozida. Não vi ninguém comendo um bife. Carne por lá deve ser raridade.

Uma simplicidade assustadora. As pessoas sempre tristes. Até na  hora das refeições um silêncio deprimente. Olhares angustiados como que a procura de algo perdido há muito. 

Mas haviam dois personagens diferentes: um pai e um filho mongolóide de uns 8 anos de idade. O amor entre eles era visível. O garotinho tinha perdido a mãe aos 3 anos e seu pai abandonou a profissão de arquiteto para se dedicar integralmente ao filho. Linda a cumplicidade entre eles. Quantos sorrisos sinceros. Quanta paciência do pai ao cuidar e educar seu pequeno. 

Um país oficialmente ateu, sem a Esperança cristã, só pode espelhar a amargura em seus habitantes. Havana: cidade com belezas naturais, mas desprovida de uma arquitetura que possa trazer um mínimo de alegria, de beleza. Tudo tão cinzento. Tudo tão quadrado, retilíneo, blocos.

No final do filme, aparece o nome, idade, profissão e sonhos (esperança) de cada personagem. Triste, marcante e desolador a descrição de uma velhinha vendedora de rua: setenta e nove anos, vendedora de amendoim. Sonho: não tem. Ou seja: não espera mais nada da vida. Nem para si, nem para os seus. Apenas vive. Até que a morte chegue.

Meu Deus! Será que as pessoas não percebem que nosso Brasil caminha para um "Cubão"? Os primeiros passos já foram dados. Apenas questão de tempo e todos seremos vítimas de um maldito regime comunista. Incrível que a grande massa que elege socialistas e comunistas não se dê conta disso. Pobreza, igualitarismo, ditadura marxista, privação da liberdade, ateísmo, melancolia crônica, atraso, etc. é o que nos espera.

Que a Virgem Maria interceda pelo nosso Brasil. Nossa Senhora Aparecida rogai por nós. Livrai-nos do comunismo, Santa Maria.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bonificação aos agentes da Dengue em Campanha MG

O Executivo sancionou lei que paga uma bonificação no valor de um salário do cargo aos Agentes da Vigilância Sanitária e da Epidemológica. Prêmio por terem atingido a meta da "Campanha em guerra permanente contra a Dengue". Ou seja, no período avaliado (outubro/2010 a maio/2011), considerado crítico, conseguiram os agentes erradicar os focos e a Dengue do nosso município.

Não tiro os méritos dos agentes. Foram eficientes em sua missão. Merecem receber a bonificação. Existe um porém: na justificativa do projeto de lei, o Sr. Prefeito alega conceder o prêmio, pelos relevantes serviços prestados no período. Mas e os demais servidores públicos, também não são dignos de receberem uma bonificação? Nossos lixeiros (já os mencionei neste blog) que todos os dias nos livram da sujeira; os professores que vencem uma batalha a cada dia; os bombeiros que dão manutenção na rede hidráulica dos prédios públicos; os pedreiros; os motoristas; o pessoal da administração; os varredores de rua; faxineiros, etc. enfim todo e qualquer servidor municipal também não é merecedor de uma bonificação pelos seus também relevantes serviços prestados à nossa comunidade?

Dá a impressão que os demais servidores municipais não cumprem com sua meta. Aliás, os pobres servidores efetivos, não recebem nenhum incentivo por parte do Poder Executivo. Que tal se ao invés de torrar dinheiro público com festas populares que não trazem benefício algum à comunidade, nossos governantes não passem a agradar os servidores? Posso garantir que será muito mais útil. Quem sabe esta bonificação aos agentes do combate à Dengue não seja o início de uma nova era? Quem sabe o Executivo a partir deste nobre gesto, não passe a olhar com mais carinho para os todos os servidores municipais? Sem dúvida nenhuma a motivação será grande e a produção crescerá.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Heróis militares X "heróis" comunistas

Ontem após o jogo, enquanto me preparava para sair, continuei com a tv ligada na Globo. Não suporto o Faustão, mas acabei por interessar pelo que falava: um sargento do Exército na década de 70 havia morrido depois de salvar um garoto que havia caido no poço das ariranhas em um zoológico. O militar recebeu inúmeras mordidas dos animais e morreu infeccionado no leito de um hospital, deixando viúva e filhos pequenos. Trata-se do Sargento Sílvio Delmar Hollenbach.

Os militares são alvo de todo tipo de ataque pela mídia, pelos professores marxistas (que são a grande maioria), por militantes políticos e incautos estudantes. Na História do Brasil podemos encontrar diversos militares que foram heróis. Tanto mortos em batalha defendendo nossa pátria, como aqueles que deram sua vida para salvar o próximo, como bombeiros, policiais, soldados que integraram as missões de paz da ONU, etc.

E nossos pracinhas na 2ª Grande Guerra? E nossa Força Aérea também nesta empreitada? Brigadeiros Nero Moura, Rui Moreira Lima e tantos outros.

Por outro lado, onde estão os "heróis" comunistas/socialistas que hoje dirigem nosso país? Agitadores, terroristas, sequestradores, etc. Onde estão as suas ações heróicas? Não fizeram nada. E de quebra, estão detonando com o Brasil. Não existe um único vermelho que deu sua vida pelo próximo.

sábado, 27 de agosto de 2011

Menores embriagados

Há pouco tempo houve uma movimentação aqui na cidade, via Facebook, com relação a um suposto envolvimento de um vereador com a venda de remédios sem receita médica em seu estabelecimento comercial. O que chama a atenção é que o caso (nada foi provado legal e concretamente) é bastante parecido com o que vem acontecendo há muitos anos: a venda de bebidas alcoólicas a menores de idade. Por qual motivo ninguém se manifesta a respeito desse crime? Não é a mesma coisa? Ou a lei que proíbe a venda de bebidas a menores não tem valor nenhum? Ao dar uma volta pela praça D. Ferrão ou pela pracinha do Obelisco nos finais de semana, qualquer um pode verificar in loco a quantidade de adolescentes bêbados. Alguém está fornecendo a bebida a eles, não? Será tão difícil assim descobrir que pratica esta ilegalidade? 

Outro problema são as micaretas. Apesar de haver um acordo entre as micaretas e o Ministério Público, em que não haverá distribuição de bebidas a menores, podemos ver também o alto numero de adolescentes chapados quando da realização destes eventos. Talvez aqui o problema seja uma fiscalização maior por parte dos organizadores ou até mesmo a distribuição de crachás obrigatórios com cores identificadoras e nome dos participantes para facilitar a vida dos responsáveis pela distribuição da bebida alcoólica.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Hino e Marcha Pontifical

Como não se emocionar? Tenho de cair de joelhos diariamente e agradecer ao Criador por fazer parte da  Santa Igreja. Clamo à Virgem: Ó piedosa Mãezinha, nunca permita que minha família desvie da Verdadeira Religião! Que pela graça da Santa Eucaristia, jamais minha Helen e nossos filhos desviem do reto caminho, da Igreja criada por Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor.
Viva a Igreja! Viva São Pedro! Viva o Santo Padre, o Papa!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

XXVIII Grande Corrida da Independência



                       
XXVIII Grande Corrida da Independência
Correndo a pé de Curitiba-PR a Campanha - MG
800 km em 64 horas num revezamento contínuo.

         Os atletas conduzirão, em revezamento contínuo, a Tocha Olímpica de Curitiba-PR,  até Campanha - MG, num percurso de 800 km em 64 horas. Média de 12.5 km por hora (300 km em 24 horas).
Durante todo o trajeto cada atleta correrá em média 34 km em revezamento.

·         O acendimento da Tocha e largada da Corrida será em Curitiba-PR no dia 25 de agosto, quinta-feira, às 09h00.   

·         A chegada na Campanha - MG está prevista para o dia 27 de agosto, sábado às 20h00, no Campanha Esporte Clube - CEC.

         Corrida Pedestre de Revezamento aonde os atletas conduzem uma Tocha Olímpica num revezamento contínuo, dia e noite, unindo cidades dos diversos pontos do Brasil ou do Exterior a cidade da Campanha – MG. (Sul de Minas Gerais).
Considerada pela sua característica a maior Corrida Pedestre de Revezamento do Mundo feita por um único grupo de atletas.

         Evento cívico-esportivo, cultural e turístico iniciado em 1972. Já teve a sua largada de quase todas as capitais (percorrendo 20 estados brasileiros) e por duas vezes do exterior, saindo de Assunção-Paraguai e de Buenos Ayres-Argentina, passando por Montevidéu-Uruguai.

         A “Grande Corrida da Independência” em 28 Edições (ao termino da Corrida deste ano) terá percorrido mais de 38.000 km. Quase a distancia da volta ao mundo (circunferência na linha do Equador- 40.75 km.) Veja aqui fotos e todas as edições.

         A Corrida tem sempre o seu final na cidade da Campanha – MG para a abertura da “Olimpíada Campanhense” e outras Homenagens.

            

                   Como funciona: Vinte e um (21) atletas masculinos amadores, da cidade da Campanha  – MG são divididos em três grupos de sete corredores. Cada grupo corre em revezamento por 10 km. A cada 10 km é feita a troca de grupo. Somente um atleta corre conduzindo a Tocha Olímpica, os outros ficam dentro de uma Kombi que segue, em baixa velocidade, dando cobertura ao atleta que estiver com a Tocha. O atleta corre pelo acostamento tendo proteção da Polícia Rodoviária Federal e Estadual. Após certa distância ele passa a Tocha para outro e entra na Kombi, assim sucessivamente durante os 10 km. O grupo que está fazendo o revezamento segue na Kombi, os outros dois grupos ficam no ônibus que faz parada a cada 10 km para a troca de grupo.