domingo, 20 de julho de 2014

Algumas reflexões feicebuquianas - Leandro Souza

Leandro Souza
"O brasileiro é aquele sujeito que diz:
Eu não sei, não quero saber e vc tá errado porque sabe mais do que eu..."

"O analfabeto funcional sabe ler, tem graduação, mestrado e até doutorado. Mas ele não consegue interpretar o sentido das coisas, da realidade, da vida. 
O Brasil está cheio deles!"

"Paulo Freire é a maior prova de como destruir uma educação. O problema do brasileiro não é só na escrita. Seu pensamento já é viciado, revolucionário em si. Ele já traz todos os resquícios de "quebra-quebra" e revolução implícitos na cabeça de todo militante revolucionário. Quando vão articular qualquer ideia, acabam por fazer exatamente como o esquerdista, mas sem as estratégias antes por ele usadas, porque seu discurso é diferente, mas sua dialética é viciada. 

Muitas pessoas afirmam querer mais educação, mais saúde, mais emprego, mas mal sabe diferenciar o que é isso na prática. Ele mal entende de economia, de saúde, ou mesmo de educação. Apenas aprendeu a discursar como os gritos do revolucionário "anti-governista". Por que ser contra o governo? Há um sentido. Esse sentido deve estar ligado à compreensão, a como essa estrutura funciona, econômica e socialmente falando. Não há como destruir essa estrutura, sem antes saber como ela é de fato. 

Mas é necessário se reeducar para isso. Assim, o sujeito sai dos passionalismos das disputas rasas da política. A dicotomia sem sentido:"tem que ser este, porque ele é bonitinho para o público". Ou quando se trata de que sentido a filosofia tem, não apenas pela leitura desta, porque qualquer um pode aprender filosofia e ser um revolucionário. Qualquer um pode ler Heidegger, Nietzsche, Foucault, Oakkeshot, James, Dostoiévski, pensando ser um filósofo, mas é um revolucionário. Ele vai exercer seu conhecimento apenas para abarcar sua revolução interna e pessoal. Exerce, nesse sentido, a sede de poder, a sede do conhecimento para dizer: "eu sei mais do que você e posso comandar sua vida". 

Não adianta só reensiná-lo a escrever, mas também como pensar."

"Qualquer intelectualidade sem Deus é vazia, nula e tende ao extremismo. Repito: Sem Deus!"

"Antes eu tinha dúvidas..hoje tenho certeza de que o Brasil é um hospício."

"Sinceramente, acho que este país não precisa de mais "filósofos de botecto", aqueles que arrogam conhecimento, mas sem objetividade, ou sabedoria. O Brasil está cheio de "filósofos do nada", especialistas do lugar nenhum, da vaidade, do ledo engano, da juventude pueril.
Há muita informação, pouco conhecimento. Há muita falácia e pouca fala. Discute-se muito, com pouco ou nenhum norte, onde as ideias são como aquelas "rodinhas de hamster", onde o o sujeito corre, corre, mas não chega a nenhum lugar.

É preciso ter a velha volta dos conselhos dos anciãos, daqueles pais de família que se erguem e trazem de volta as velhas histórias, a volta da imaginação, da conquista, a voz da experiência e de um norte em situações difíceis."

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