quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Pe. Edson cantando com as crianças

Pe. Edson, vigário paroquial, faz duas homilias na missa com crianças aos domingos. Uma para os pequenos, uma verdadeira catequese. Em seguida outra para os adultos. Sempre gosta de ensinar a criançada a cantar alguma bonita canção católica infantil.


domingo, 15 de novembro de 2015

Beato Padre Francisco de Paula Victor

Padre Marquinho Iabrud,gentilmente enviou estas fotos para serem divulgadas no blog. Fotos do corpo mortuário em cera feito em Roma do beato Pe. Victor. O corpo fica exposto na matriz D'Ajuda em Três Pontas MG. A casula romana que veste o corpo, pertenceu ao beato e foi restaurada.

A urna onde está repousado o corpo em cera, é obra do artista sacro de Baependi, o amigo Ezequiel Arantes.

Eis o maior homem nascido nesta aldeia sul mineira. Não foi cientista, nem escultora, nem político, nem jurista, nem médico ou bispo, mas um ex-escravo, pobre e negro que alcançou a glória dos altares e a visão beatífica de Deus.



Fonte das imagens: Arquivo pessoal do Padre Marco Antônio Iabrud Filho, pároco de Aiuruoca MG.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Pássaros encontrados na caminhada.

Ontem voltei a caminhar. Logo na chegada da estrada velha para Cambuquira, a tradicional pista "Paulojáquis", deparei antes de sair do carro com um bem-te-vi numa ferrenha luta consigo mesmo. Sua imagem refletida no teto de um Gol estacionado. Depois vi um gavião, que não consegui fotografar. Consegui registrar um pássaro que não conheço, uma seriema e um úrubu. Abaixo as imagens e vídeo.




















quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Futebol de campinho ou de rua, ou ainda, Pelada.

Foto de Gilson Camargo

REGRAS DO FUTEBOL DE CAMPINHO

(1) Os dois melhores não podem estar no mesmo lado. Logo, eles tiram par-impar e escolhem os times.

(2) Ser escolhido por último é uma grande humilhação.

(3) Um time joga sem camisa.

(4) O pior de cada time vira goleiro, a não ser que tenha alguém que goste de catar.

(5) Se ninguém aceita ser goleiro, adota-se um rodízio: cada um cata até sofrer um gol.

(6) Quando tem um pênalti, sai o goleiro ruim e entra um bom só pra tentar pegar a cobrança.

(7) Os piores de cada lado ficam na zaga. 

(8) O dono da bola joga no mesmo time do melhor jogador.

(9) Não tem juiz.

(10) As faltas são marcadas no grito: se você foi atingido, grite como se tivesse quebrado uma perna e conseguirás a falta.

(11) Se você está no lance e a bola sai pela lateral, grite "nossa" e pegue a bola o mais rápido possível para fazer a cobrança (essa regra também se aplica a "escanteio").

(12) Lesões como destroncar o dedão do pé, ralar o joelho, sangrar o nariz e outras são normais.

(13) Quem chuta a bola pra longe tem que buscar.

(14) Lances polêmicos são resolvidos no grito ou, se for o caso, no tapa.

(15) A partida acaba quando todos estão cansados, quando anoitece, ou quando a mãe do dono da bola manda ele ir pra casa.

(16) Mesmo que esteja 15 x 0, a partida acaba com "quem fizer, ganha".

Lembrou tua infância , então tu foi uma criança normal ...

Autor desconhecido.
Fonte: Facebook

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Alguns aforismos feicebuquianos - Bernardo Souto.

Bernardo Souto*
“Tudo depende, em última análise, do fortalecimento de nossa espiritualidade. Para um homem espiritualmente robusto -- como São Francisco de Assis, por exemplo --, um soco na boca do estômago era tão inofensivo quanto um peteleco na orelha.”

“Só a intuição é capaz de captar o essencial, o que se encontra para além das máscaras e das aparências.”

“Quando quem está certo começa a nutrir ódio por quem está errado, passa também a estar errado.”

“A ignorância é pecado grave, sobretudo por ser a porta de entrada para inúmeros outros pecados. E quando, então, o ignorante é arrogante, passa a ignorância a ser pecado gravíssimo.”

“Muitos, por invejarem os virtuosos, tentam negar a existência das virtudes.”

“De certa forma já vive no inferno, o homem que não consegue mais sentir a beleza musical das águas oceânicas ou do indecifrável idioma dos pássaros.”

“A vida intelectual, não raro, nos leva a um indecente pedantismo. O objetivo dos estudos, assim, passa a ser menos o conhecimento da estrutura da realidade do que a demonstração de superioridade intelectual em relação ao outro.”

“Num mundo que atingiu um nível tão alarmante de caos, barbárie, burrice e bestialidade, chega a ser cruel apontar o dedo para quem quer que seja...”

“Toda ênfase denuncia uma afetação, um mascaramento. Lacan era meio cretino, mas nisso ele acertou em cheio...”

“O negócio é contemplar o mundo supralunar, pois no sublunar a coisa tá preta...”

“Irrespirável, o ambiente do Brasil. Em toda parte. Em qualquer lado.”

*Bernardo Souto é poeta, ensaísta e autor dos livros “Elogio do silêncio” e “Teatro das sombras”. Colunista na Revista Vila Nova.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O cantor e a blasfêmia.

Tretas geralmente terminam com dissolução de amizades, agressões verbais, baixo astral, dentre outros. Ontem após algumas postagens que fiz no Facebook sobre o músico Nando Reis, ex-Titãs, no intuito de levar ao conhecimento do público católico campanhense sua aversão à Deus e à Igreja, andei refletindo sobre todo o ocorrido na rede social.

Quando fiz a postagem com a letra blasfema da música "Igreja" gravada pelos Titãs com autoria de Nando Reis nos anos 80, tinha em mente que os inúmeros campanhenses católicos que estão animados com o show deste cantor em nossa cidade dentro do evento "Olimpíadas Campanhense", eram conhecedores da letra e também do ateísmo do Nando Reis. Ledo engano. Pelo que pude observar nos comentários, a grande maioria, senão todos os comentaristas católicos nunca tinham ouvido esta música e desconheciam sua letra. Indignação e decepção total por parte de todos com o cantor.

Evidente que alguns "católicos", preferiram não se manifestar pelo motivo de amar muito as músicas do ex-Titã. Ou seja, não pode perder este show que acontecerá em nossa aldeia. O famoso "em cima do muro". Diferente do que ignora ou não está nem aí para as letras. Conheço muita gente que vai em shows, mas nem sabe quem está no palco ou o que está cantando. Só pensa em curtir o momento e o que acontece no meio da galera. Está ali para tomar uma, flertar, namorar, dançar, estar com os amigos, conhecer pessoas, independente da ideologia do artista.

Por outro lado, entendo a revolta, mas não vejo com bons olhos o ódio nutrido contra o artista por parte de católicos em alguns comentários. Como bem disse o amigo Bernardo Souto numa postagem em seu perfil do Facebook ontem: "Quando quem está certo começa a nutrir ódio por quem está errado, passa também a estar errado". E ainda alguém comentou sua postagem complementando: "Ódio atrapalha o raciocínio e não é coisa cristã. O cristão mata o inimigo na guerra, mas reza por suas almas". Na verdade, Nando Reis escreveu esta blasfêmia sem ter tido nenhum contato com a Igreja. Impossível alguém que algum dia foi católico, mesmo que deixe de ser, nutra um ódio tão gratuito por esta instituição que só procura fazer o bem. Para odiá-la teria de ter sido vítima de alguma coisa muito grave, mas de uma gravidade extrema. Sem isso, não faz sentido sua negação. 

Evidente que na sua juventude ao criar este poema satânico, não tinha noção do que estava escrevendo. Se hoje esta música é praticamente desconhecida pelos seus "fãs", provavelmente não deve fazer parte do seu reportório atual. Talvez, com o amadurecimento, tenha se arrependido de ter criado isto. Não que tenha se convertido, pois ainda é ateu, mas ao menos percebeu que não faz sentido atacar algo que desconhece.

O mesmo penso dos católicos que irão na apresentação do músico: desconhecem suas idéias sobre o Criador. Desconhecem esta música de 30 anos atrás, que provavelmente é pouco ou nunca tocada. Não são hipócritas, como disse um filósofo não-católico que discordou de minha postagem na rede social. (Aliás, para este filósofo, todos os católicos são hipócritas e intolerantes. Influência clara de um professor TL que teve no seu tempo de academia. O mesmo professor que conseguiu detonar a vocação religiosa de um sem número de ótimos e promissores seminaristas.) São "fãs" do nome "Nando Reis". Sabem bulhufas sobre o sujeito. Assim como aquela multidão de torcedores do Flamengo que não sabem nem o nome do goleiro do time mulambo e pensam que o Maracanã é o estádio deles. Mas se dizem flamenguistas. Ou quem compra shampoo que contém "oil miracle" e "algas marinhas", mas se perguntado, não tem a menor idéia para que serve isso. 

Que venha o Nando Reis. Que tenha o mínimo de bom senso e respeite Campanha, cidade tradicionalmente católica e cristã. Que seus assessores ou algum campanhense ligado à sua assessoria possa alertá-lo neste sentido. Que esta música blasfema não ecoe pelas ruas de nossa cidade onde ainda vive a tradição das Semanas Santas onde as imagens de Nosso Senhor e da Virgem das Dores também as percorrem acompanhadas pelos fiéis católicos. Ruas enfeitadas com tapetes artísticos onde Jesus Sacramentado sempre passeia nas procissões de Corpus Christi, carregado pelo Bispo ou por algum sacerdote. Sempre Acompanhado por um grande número de católicos. Faça chuva ou faça sol. 

Que todos possam se divertir, ter uma noite agradável e longe de qualquer blasfêmia ou provocação aos católicos. Que os católicos agora cientes desta letra e que estiverem lá, curtam as músicas e se caso o sujeito cantar a tal, simplesmente saiam do local. Não devolvam na mesma moeda. Não sejam agressivos. Não vale a pena. 


Imagem: Página do Facebook do "Católico Caipira".


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Socialismo: exemplo prático.

Pequena observação que demonstra claramente o entravo socialista. Tirada aqui da nossa terrinha. Como já é tradição há mais de 50 anos, nessa época festejamos a Olimpíada Campanhense. Apesar de que, há pelo menos uns 10 anos, os esportes fracassaram. Campanha sempre tremia com os jogos de futebol de salão, basquete, voleibol. Hoje nossos jovens não se dão muito com estas modalidades. Talvez se dessem melhor em competições de video-game, zapzap ou qualquer outra coisa eletrônica.

Criaram dentro das Olimpiadas, um evento gastronômico denominado Feira das Nações. Ora, nosso governo municipal é petista. O PT é socialista. O que isso tem a ver com o rango das nações? Explico: o evento é organizado pela prefeitura que distribui as "nações" de sua escolha para entidades campanhenses. Aqui já começa o "democrático" socialismo. Para a equipe da Paróquia, por exemplo, entregaram "Cuba". Será que foi por acaso? Ou será que foi uma maneira nada sutil de, arbitrariamente, associar aos católicos um país comunista?

Todas as barracas são obrigadas a vender suas guloseimas a um preço fixo e igualitario. Outra intromissão arbitraria. Sabemos que a livre concorrência é a alma dos bons negócios. Tanto para quem vende, como para quem consome. A produção passa a ser mais cuidadosa, maiores quantidades e preços variáveis de acordo com a procura. Evidente que algumas barracas perderão o estímulo.
A prefeitura baixou um decreto proibindo o comércio por ambulantes nos arredores da festa. Outra medida arbitrária que covardemente detona a possibilidade de ganhos extras por parte de pessoas que nesta época conseguiam uma renda a mais no orçamento.

Assim age o socialismo. Matando o livre mercado e arrasando com a economia. Muitos podem dizer que as barracas estão faturando bastante com estas medidas. Pode até ser, mas sem a interferência socialista, sem dúvida a renda seria dobrada.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Editorial da Folha Campanhense - Agosto 2015

"A própria igreja católica que ostentava uma preferência absoluta por parte da população cedeu espaço a outras crenças, principalmente as evangélicas". Editorial da Folha Campanhense.

Esta frase me incomodou um bocado. O Editorial, é um sofisma. Explico: Para início de conversa, é "Igreja" com "i" maiúsculo, sem necessidade do adjetivo pois é a única. As outras são seitas. Não cedeu espaço para ninguém. Na verdade, a liberdade de culto é constitucional. Daí o aparecimento de outras denominações ditas "cristãs". Contando ainda que aqueles ex-católicos, na verdade nunca foram católicos.

Cedeu espaço à evangélicas? Mas o catolicismo não é evangélico? Não foi a Igreja que formou o cânone bíblico? Ou será que Deus jogou a bíblia prontinha lá do Céu com zíper e tudo e um pretenso iluminado chamado Lutero a pegou e distribuiu às seitas?

Para terminar, caro editor, te conto uma coisa: As missas dominicais na catedral (sábado ás 18h30; domingo 7h, 10h, 19h) lotam de católicos. Como acontece na igreja de São Sebastião (8h30) e do Rosário (17h30). Pegue todas as denominações cristãs que tem na Campanha (pode também convidar os espíritas, maçons e esotéricos) para tomar os bancos da catedral. Tudo junto. Duvido que falte assento e fique alguém de pé.

Facebook em 23.08.2015

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Imagens da Campanha MG.

Em frente a entrada do CEC

Árvore com uns frutos que não sei o que é. Um avião passa ao fundo. Estrada do "paulojacks".

A mesma árvore anterior.

Duas casinhas de João-de-barro na tal árvore.

Rua Barão de Parima.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Mapa da Província de Minas Gerais - 1865

Interessante carta geográfica do Estado de Minas Gerais. Campanha aparece como cidade. Varginha e Três Corações ainda eram freguesias.

Clique no mapa para vê-lo em tamanho maior.

domingo, 12 de julho de 2015

"Na minha humilde opinião"

FULANO DE TAL me vem cheio de opiniões, mete-se na conversa, mas antecipa: “Na minha humilde opinião...”. Que comovente. Não lhe basta cometer suas opiniões como bacharéis em direito cometem seus versos de domingo, mas tem de ter opiniões de baixa auto estima, opiniões de sandálias, opiniões de quem quase nem queria dar sua opinião mas, bem, se já estamos aqui, por que não dar a nossa opinião, não é mesmo? É de graça e vivemos numa democracia. (Democracia, sua puta.) Mas se a opinião é mesmo tão humilde, melhor nem dizê-la. Para que eu vou querer saber de uma opinião assim simplesinha, como o aroma vulgar da florzinha campestre colhida pela menina de calcanhar sujo? Fique com ela, opinador humildão. Deixe sua opinião fora das conversas dos adultos, porque eu não tenho dó. Eu sei que você quer é me enfiar suas opiniões coitadinhas sobre o Papa, sobre o capitalismo, sobre a vida noutros planetas, sobre o sentido último de todas as coisas, e ainda me amolecer o coração com essa história de humildade. Há inteligências tão humildes, mas tão humildes, que nem deveriam sair de casa. Tem o quartinho de empregada pra isso mesmo.

Gustavo Nogy, no seu perfil do Facebook. Julho de 2015.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Crianças na Santa Missa

Fotografia de Taynara Ferreira/Página da Paróquia Santo Antônio no Facebook
Num domingo comum, assistindo a Santa Missa, não deixei de perceber um fato interessante. 

Duas jovens famílias compostas por pai, mãe e filha. Ambas ocuparam bancos à minha frente. Uma uns dois bancos na mesma fila que eu. Outra uns dois bancos à minha esquerda.

Não consegui deixar de notar o comportamento de ambas.

Os casais demonstram um amor e carinho muito grande com suas garotinhas. Vou identificá-las como "verde" (a que estava a minha frente) e "vermelha" (a que estava a esquerda).

A garotinha verde manteve-se calma e tranqüila durante toda a celebração. Evidente que não totalmente passiva, afinal é uma criança: levantava-se, olhava algumas vezes para trás; abraçava carinhosamente ora o pai, ora a mãe; ficava de pé, mas logo voltava a sentar-se. Tudo em total silêncio. 

A garotinha vermelha, não tinha muito parada. Apesar de não ficar saindo do lugar, não dava sossego aos pais. Demonstrava ser bastante mimada. A ponto, arriscaria dizer, de ter total domínio sobre seus pais. Manhosa, fazia birra. Fazia forcinha e beicinho simulando que ia chorar. Também sem incomodar quem estava ao seu redor. Incomodava mais aos seus pais. 

A família verde, mais simples e modesta. A família vermelha, mais abastada financeiramente. Inclusos na categoria "novos ricos". 

A família verde, assídua freqüentadora da igreja, da Santa Missa. A vermelha, apesar de se dizer católica, militam em instituições historicamente aversivas ao catolicismo e aparecem na missa eventualmente. Nem sempre a mãe aparece. Enfim, relativistas.

O casal verde, levantava e ajoelhava, ensinando a pequena a fazer o mesmo nos momentos pertinentes. O casal vermelho, apenas o pai seguia corretamente os gestos. A mãe vermelha, ficou todo o tempo sentada e em alguns momentos com os olhos atentos na tela do I-Phone último modelo. Não, ela não tinha problema de saúde que a impedisse de ficar de pé ou ajoelhar-se.

Concluímos destas observações, a importância de uma boa educação cristã aos pequenos. É inevitável perceber a diferença de quem educa, com amor, carinho e firmeza quando necessário e de quem deixa-se dominar pela cria. Evidente que não fazem por mal. Todo pai e toda mãe querem o melhor para os seus pimpolhos. O problema é que em nome deste "amor" acabam por se deixar dominar pela criança. Isso é uma inversão de valores. Acaba que os pais tornam-se infantilizados e a ferinha domina facilmente. Isso não é bom. No futuro, com certeza, estas crianças assim educadas sem limites, acabarão por sofrer. E muito. O mundo, a vida, não passa a mão na cabeça e finge não ver. 

A desculpa de que crianças são difíceis de controlar não cola. Não cola porque da mesma forma que vemos pequenos que estapeiam seus pais no rosto, outros quase derrubam o confessionário, perturbam quem está ao seu redor, notamos crianças educadas, comportadas, silenciosas. Sem a necessidade de deixar de ter aquele brilho infantil no olhar. Ou ainda, serem mocorongas. Apenas aprenderam a viver em sociedade desde a tenra idade. Aprenderam a comportar-se e assistir o Santo Sacrifício com o devido respeito e reverência.

Só mais um detalhe: a garotinha verde, aprendeu tão bem a comportar-se na missa das crianças, onde o padre costuma chamar os pequenos para aproximarem durante a homilia; que na Solenidade de Maria Mãe de Deus, ela não pestanejou e sentou-se aos pés do padre e ouviu em silêncio e sozinha toda a homilia. Igual a garotinha da foto que ilustra este texto.


terça-feira, 30 de junho de 2015

São Paulo e a Espada - por Bento XVI

São Paulo, o combatente e o sofredor

Ao subir para a Basílica de São Pedro, colocou Pio IX, no século XIX, duas majestosas figuras do apóstolo Pedro e Paulo. Ambos se reconhecem pela sua simbólica: a chave nas mãos de Pedro, a espada nas mãos de Paulo.

1. A Espada de Paulo

1. Instrumento da sua execução: morreu pela espada
Quem não conhecer a história do cristianismo e observar esta figura vigorosa do apóstolo das gentes, podia chegar à conclusão que se tratava de algum general ou um guerreiro que tenha feito história com a espada para domi¬nar os povos. Seria mais um que ganhou fama e riqueza à custa de sangue derramado. O cristão sabe que a espada na mão deste homem tem um significado diferente: é o ins¬trumento da sua execução. Como cidadão romano, não podia ser crucificado como Pedro. Morreu pela espada. Mesmo que isso fosse considerado uma forma mais nobre de condenação à morte, na história da Igreja ele pertence às vítimas do poder e não aos carrascos.

2. A espada do seu combate
Quem aprofundar as cartas de Paulo, tentando encontrar nelas como que uma autobiografia escondida do Apóstolo, reconhecerá logo, que com o símbolo da espada, o instrumento da paixão, não se diz só algo sobre os últimos momentos da vida de São Paulo. A espada pode efectivamente caracterizar a sua vida toda: “Combati o bom combate”, diz ele no momento da morte a Timóteo, seu discípulo preferido, fazendo a retrospectiva da sua vida (2 Tim. 4,7).É por estas palavras que Paulo é descrito como um combatente, um homem de acção, uma natureza violenta. Uma observação superficial sobre a sua vida pode dar azo a este equívoco: Percorreu em quatro grandes viagens uma grande parte do mundo conhecido de então, tornando-se verdadeiramente o apóstolo das gentes, que levou o Evangelho de Jesus Cristo “até aos confins da terra”. Através das suas cartas procurou manter a unidade das comunidades que fundou, contribuir para o seu crescimento e cuidar da sua perseverança.Temperamental, soube enfrentar adversários que nunca lhe faltaram. Investiu todos os meios na “obrigação da evangelização que lhe foi imposta (I Cor. 9, 16), com a maior eficácia possível. Assim, será sempre apresentado como o grande activista, como patrono dos inventores das novas estratégias da pastoral e da missão. Esta visão não está errada, mas não é o Paulo total; na realidade, quem assim o vê, perde o essencial da sua figura.


2. A luta de um mártir

Em primeiro lugar, devemos insistir em que a luta de São Paulo nada tem a ver com a luta dum carreirista ou homem do poder, muito menos com a luta dum soberano ou conquistador. Trata-se da luta, tal como a descreve Teresa de Ávila. A sua expressão «Deus quer e ama almas apaixonadas», é comentada com esta frase: «A primeira coisa que o Senhor opera no coração dos seus amigos, quando eles se tornam fracos, é dar-lhes coragem e tirar-lhes o medo do sofrimento".A este propósito, lembro-me de uma observação, de certa forma unilateral, que Theodor Haeck deixou nos diários que escreveu durante a guerra; pelo menos pode ajudar-nos a compreender o que aqui se trata. A frase em causa é a seguinte: «Às vezes penso que o Vaticano esqueceu completamente que Pedro não foi só bispo de Roma... mas que também foi um mártir".A luta de São Paulo foi, desde o princípio, a luta de um mártir. Ou mais exactamente: No início do seu caminho pertenceu ao grupo dos perseguidores, usando da força contra os cristãos. A partir do momento da sua conversão, passou para o lado de Cristo crucificado, optando pelo caminho de Jesus Cristo.Não era um diplomata; sempre que tentou sê-lo, não teve muito êxito. Era um homem que não tinha outras armas, a não ser a mensagem de Jesus Cristo e a entrega da própria vida por esta mensagem. Já na Carta aos Filipenses escrevia que a sua vida seria oferecida como sacrifício (2:17); e no fim da sua vida, nas últimas palavras a Timóteo volta a esta mesma formulação.

3. A luta de um sofredor

Paulo era um homem preparado para o sofrimento, e isso era efectivamente a sua força. Nunca se poupou, nunca desistiu por dissabores ou desgostos, nem alguma vez almejou uma vida confortável.Muito pelo contrário. Exactamente porque se expunha, porque não se poupava e se entregava à luta e se gastava por causa do Evangelho. «Quanto a mim, de bom grado darei o que tenho e dar-me-ei a mim mesmo totalmente, em vosso favor.» Estas palavras da Segunda Carta aos cristãos de Coríntios (12, 15), revelam o mais íntimo deste homem.Paulo não pensava que o principal objectivo da pastoral era evitar os problemas. Também não pensava que um apóstolo tinha de ter uma boa imprensa. Não, ele queria despertar, incomodar o sono das consciências, mesmo que isso lhe custasse a vida. Pelas suas cartas sabemos que de maneira nenhuma se pode considerar um grande orador. Partilhou com Moisés e Jeremias a falta de jeito para a oratória. Perante Deus, ambos alegaram essa razão, para justificar a incapacidade para a missão que lhes era confiada. «As suas cartas... são duras e enérgicas, mas quando está presente é fraco e a sua palavra, desprezível» (2 Cor. 10,10), dizem os seus adversários. E sobre o início da sua missão na Galácia, diz ele mesmo: «Vós sabeis que eu estava fraco e doente quando vos anunciei o Evangelho pela primeira vez» (Gal. 10, 13). A acção de Paulo não dependeu da retórica brilhante ou de alguma estratégia refinada, mas da entrega e do compromisso com a mensagem.A Igreja, hoje, só conseguirá convencer os homens na medida em que os seus anunciadores estiverem dispostos para o sofrimento. Quando falta a disposição para o sofrimento, falta o essencial da prova da verdade, com que a Igreja se confronta. O seu combate só pode ser o combate daqueles que estão dispostos a dar-se totalmente: o combate dos mártires.

4. A espada da Palavra da verdade

Ao subir para a Basílica de São Pedro, colocou Pio IX, no século XIX, duas majestosas figuras do apóstolo Pedro e Paulo. Ambos se reconhecem pela sua simbólica: a chave nas mãos de Pedro, a espada nas mãos de Paulo.Para além do sinal de martírio, podemos acrescentar ainda um outro significado da espada nas mãos de São Paulo. Na Escritura a espada também é sinal da palavra de Deus, que «é viva, eficaz e mais penetrante que uma espada de dois gumes…, e discerne os sentimentos e intenções» (Heb 4, 12). Foi esta espada que Paulo levantou. Com ela conquistou os homens.A «Espada» é definitivamente uma imagem para o poder da verdade, que é de natureza específica. A verdade pode doer, pode ferir - corresponde à natureza da espada. A vida na mentira, ou, simplesmente, a vida à margem da verdade parece mais cómoda do que a exigência do verdadeiro. Por isso, os homens irritam-se por causa da verdade, desejam detê-la, oprimi-la, fugir-lhe do caminho.Quem pode negar que já alguma vez a verdade o tenha perturbado - a verdade sobre si mesmo, a verdade sobre o que devemos fazer ou deixar de fazer? Qual de nós pode afirmar que nunca tentou colocar-se à margem da verdade, ou não tentou ao menos adaptá-la a si, para que não fosse tão amarga? Paulo era incómodo, porque foi um homem da verdade. Quem se entrega totalmente à verdade e renuncia a qualquer outra arma ou actividade além dela, não será necessariamente condenado, mas andará muito próximo do martírio. Será sempre um sofredor. Proclamar a verdade, sem se tomar fanático nem justiceiro - esse será o grande compromisso. No auge dos conflitos, talvez Paulo, por vezes, se tomasse um pouco azedo, próximo do fanatismo. Mas nunca se tomou num fanático. Encontramos, nas suas cartas, textos cheios de bondade, sobretudo na Carta ao Filipenses, que revelam o seu verdadeiro carácter. Podia manter-se livre do fanatismo, porque não se anunciava a si mesmo, antes revelava aos homens os dons que Outro lhes trazia: a verdade que vem de Cristo, que por ela entregou a vida, amando até à morte.Também aqui, penso eu, devemos corrigir a imagem que temos de Paulo. Recordamos demasiado os textos combativos de Paulo. Algo semelhante acontece com a figura de Moisés: recordámos Moisés como homem inflamado, inacessível e irado. No entanto, o livro dos Números diz que Moisés «era um homem muito humilde» (Nm 12, 3).
Um leitor de todos os escritos de Paulo descobrirá um Paulo humilde.

5. Um combatente da verdade
Dissemos antes que o seu êxito dependeu da sua disponibilidade para o sofrimento. Efectivamente devemos dizer que sofrimento e verdade andam juntos. Paulo foi combativo, porque era um homem da verdade. Mas, aquilo que de duradoiro cresceu das suas palavras e da sua vida aconteceu, porque serviu a verdade e sofreu por ela. O sofrimento é garantia necessária da verdade. E só a verdade dá sentido ao sofrimento.

6. Pedro e Paulo, todo o evangelho
À entrada da Basílica de S. Pedro [à entrada do altar-mor desta Igreja] estão as duas estátuas dos apóstolos Pedro e Paulo. Também no portal principal da Basílica de S. Paulo extra-Muros estão os dois unidos entre si por cenas que representam a vida e o sofrimento dos dois. A tradição cristã contemplou, desde o princípio, Pedro e Paulo como inseparáveis entre si. Os dois representam todo o Evangelho.

7. Pedro e Paulo, a nova fraternidade evangélica
Em Roma esta relação dos dois, irmanados na mesma fé tem um significado acrescido. Os cristãos de Roma viam neles a imagem oposta aos dois míticos irmãos fundadores da cidade de Roma, Rómulo e Remo. Estes dois irmãos correspondem de forma estranha ao primeiro par de irmãos da história bíblica: Caim e Abel. Um tomou-se assassino do outro. Do ponto de vista meramente humano, a palavra fraternidade tem um sabor amargo. Como isso se revela entre os seres humanos, podemos verificar em vários pares de irmãos presentes em todas as religiões.Pedro e Paulo, humanamente muito diferentes um do outro, cujo relacionamento não foi isento de conflitos, aparecem como fundadores de uma nova cidade, como encarnação de um sentido novo de fraternidade, tomada possível através do Evangelho de Jesus Cristo.Não é a espada do conquistador que salva o mundo, mas a espada do sofredor. Só o seguimento de Jesus Cristo leva à nova fraternidade, à cidade nova. É esta a mensagem do par de irmãos, que nos é transmitida através das duas basílicas de Roma (Através da celebração comum com que unimos na mesma solenidade os apóstolos Pedro e Paulo).


Joseph Ratzinger
                                                                                                                                                                   

(IN CARDEAL RATZINGER – BENTO XVI, Esplendor da glória de Deus. Meditações para o ano litúrgico, Editorial Franciscana, Lisboa 2007.)

Fonte: Blog Chama do Carmo. (Portugal)

segunda-feira, 29 de junho de 2015

São Pedro e São Paulo

Lindas imagens de São Pedro e São Paulo confeccionadas em São João del Rei. Doadas pelo nosso Pastor, Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, para serem colocadas nos nichos que ficam na frente da Catedral, ladeando a porta principal.




Nossa Casa ficará ainda mais bela. Todas a vezes que formos entrar na catedral e olharmos para São Pedro, rezemos ao menos uma Ave Maria nas intenções do Santo Padre. Ao olhar para São Paulo, roguemos por nosso Bispo. Para que sempre, em comunhão com Roma, tenha força e discernimento para guiar suas ovelhas ao encontro e permanência a Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua Igreja.