terça-feira, 7 de julho de 2015

Crianças na Santa Missa

Fotografia de Taynara Ferreira/Página da Paróquia Santo Antônio no Facebook
Num domingo comum, assistindo a Santa Missa, não deixei de perceber um fato interessante. 

Duas jovens famílias compostas por pai, mãe e filha. Ambas ocuparam bancos à minha frente. Uma uns dois bancos na mesma fila que eu. Outra uns dois bancos à minha esquerda.

Não consegui deixar de notar o comportamento de ambas.

Os casais demonstram um amor e carinho muito grande com suas garotinhas. Vou identificá-las como "verde" (a que estava a minha frente) e "vermelha" (a que estava a esquerda).

A garotinha verde manteve-se calma e tranqüila durante toda a celebração. Evidente que não totalmente passiva, afinal é uma criança: levantava-se, olhava algumas vezes para trás; abraçava carinhosamente ora o pai, ora a mãe; ficava de pé, mas logo voltava a sentar-se. Tudo em total silêncio. 

A garotinha vermelha, não tinha muito parada. Apesar de não ficar saindo do lugar, não dava sossego aos pais. Demonstrava ser bastante mimada. A ponto, arriscaria dizer, de ter total domínio sobre seus pais. Manhosa, fazia birra. Fazia forcinha e beicinho simulando que ia chorar. Também sem incomodar quem estava ao seu redor. Incomodava mais aos seus pais. 

A família verde, mais simples e modesta. A família vermelha, mais abastada financeiramente. Inclusos na categoria "novos ricos". 

A família verde, assídua freqüentadora da igreja, da Santa Missa. A vermelha, apesar de se dizer católica, militam em instituições historicamente aversivas ao catolicismo e aparecem na missa eventualmente. Nem sempre a mãe aparece. Enfim, relativistas.

O casal verde, levantava e ajoelhava, ensinando a pequena a fazer o mesmo nos momentos pertinentes. O casal vermelho, apenas o pai seguia corretamente os gestos. A mãe vermelha, ficou todo o tempo sentada e em alguns momentos com os olhos atentos na tela do I-Phone último modelo. Não, ela não tinha problema de saúde que a impedisse de ficar de pé ou ajoelhar-se.

Concluímos destas observações, a importância de uma boa educação cristã aos pequenos. É inevitável perceber a diferença de quem educa, com amor, carinho e firmeza quando necessário e de quem deixa-se dominar pela cria. Evidente que não fazem por mal. Todo pai e toda mãe querem o melhor para os seus pimpolhos. O problema é que em nome deste "amor" acabam por se deixar dominar pela criança. Isso é uma inversão de valores. Acaba que os pais tornam-se infantilizados e a ferinha domina facilmente. Isso não é bom. No futuro, com certeza, estas crianças assim educadas sem limites, acabarão por sofrer. E muito. O mundo, a vida, não passa a mão na cabeça e finge não ver. 

A desculpa de que crianças são difíceis de controlar não cola. Não cola porque da mesma forma que vemos pequenos que estapeiam seus pais no rosto, outros quase derrubam o confessionário, perturbam quem está ao seu redor, notamos crianças educadas, comportadas, silenciosas. Sem a necessidade de deixar de ter aquele brilho infantil no olhar. Ou ainda, serem mocorongas. Apenas aprenderam a viver em sociedade desde a tenra idade. Aprenderam a comportar-se e assistir o Santo Sacrifício com o devido respeito e reverência.

Só mais um detalhe: a garotinha verde, aprendeu tão bem a comportar-se na missa das crianças, onde o padre costuma chamar os pequenos para aproximarem durante a homilia; que na Solenidade de Maria Mãe de Deus, ela não pestanejou e sentou-se aos pés do padre e ouviu em silêncio e sozinha toda a homilia. Igual a garotinha da foto que ilustra este texto.


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