segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Cardeal Sarah - silêncio II


Cardeal Sarah - silêncio


Silêncio

Paguei uma conta, fui a outro estabelecimento "bancário", fiz todo o programado, no centro. Voltando para casa (a pé), aproveitei para entrar na catedral e dar umas palavrinhas de agradecimento a Jesus no Santíssimo.

Fiz minhas preces. Passei na Nhá Chica e no Padre Vitor. Agradeci e deixei minhas súplicas.
Na saída, parei no túmulo do Dom Othon. Ao meu lado, uma senhora que havia feito o mesmo percurso que eu, sacou do seu terço e iniciou suas orações.
No banco que fica quase ao lado do túmulo estava um coroa. Vida financeira tranqüila, bem casado, há anos engajado nas coisas da igreja. Bem vestido, no aguardo de alguma coisa. Apenas sentado.

Eis que estou compenetrado com nosso Servo de Deus, quando ouço gritos de algum troglodita provavelmente em frente ao altar. Quase enfarto com o urro do nosso coroa bem vestido, bem casado, de igreja. Eles estavam conversando! Um em cada extremo da nave da catedral. Não teve, o novo-rico, ardência suficiente para desgrudar seu traseiro do banco e dirigir-se ao seu interlocutor.

Que grosseria! Não respeitaram quem estava em oração. Não respeitaram um lugar sagrado. Que mundo barulhento! Nem dentro da igreja podemos mais usufruir do silêncio, da reflexão, da proximidade com o Criador. O mais triste, é que pessoas ditas "de igreja" são as que mais abusam. Convivemos com bate-papos, toques de celulares, músicos ensaiando minutos antes da missa, etc.

Lembro dos tempos do Padre Fuad, ele sempre estava na catedral. E ai de quem ousasse quebrar o silêncio. Ouvia um sermão. Criança ou adulto. Rico ou pobre. Não aceitava prosa fiada nem na sacristia. Sempre alertava que ali também era igreja. O Luiz Paulo sacristão, também comia o toco de quem não respeitava o silêncio daquele ambiente sagrado.
Pedi a Dom Othon paciência e controle naquele momento. Para não entrar em atrito com o mal educado. Mantive a calma. Terminei e sai da igreja. O grosso continuava lá. Sem se mover. Feito um buda apático.

domingo, 19 de novembro de 2017

Copasa e a taxa de tratamento de esgoto

A Copasa arrecadou 33 milhões (números fornecidos por uma promotora do MPMG) com a tarifa de esgoto, sendo que aqui na aldeia não tem tratamento de esgoto.

A grana arbitrariamente arrecadada ao bolso do consumidor, nem fica em Campanha. Ou seja, o imposto aqui gerado, vai alimentar outras "prioridades" da companhia em outras plagas (ou pragas) das Gerais. Só espero que estas prioridades não sejam manter o cabide de emprego da máquina petista. Como vemos na Cemig, onde políticos não eleitos acabam por conseguir com facilidade uma boquinha com salários altíssimos.

----------------------------------------------------------------

Ainda sobre os 33 milhões que a Copasa tirou dos campanhenses: some todas as verbas destinadas por deputados e secretário estadual para nossa aldeia. Duvido que se aproxime de 1/3 deste valor.

Portanto, mais uma vez: não fizeram mais do que obrigação. Aliás, ficaram bem aquém do que nos tiraram. Isso falando só da Copasa, hem?


Facebook em 18/11/2017 (em duas postagens aqui e aqui)
Dados sobre a Copasa tirados da Ata de uma reunião da empresa com o Ministério Público. (Publicada na Folha Campanhense do mês de outubro 2017)


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

UEMG e o dia da cidade

Numa carta aberta (Jornal Folha Campanhense - mês de outubro 2017), alunos da UEMG, dizem que sonham com uma "integração" entre o meio acadêmico e a comunidade.
Dizem ainda, que Campanha está identificada com a história da universidade. Mencionam também um "diálogo" com a comunidade.
Isso não passa de um discursinho mimizento. Voltado para a insatisfação com o resultado das eleições para a direção da Unidade. Senão, vejamos:

• logo que a UEMG deixou o prédio da Igreja, alguns alunos participaram de uma reunião na Câmara dos Vereadores. Nesta reunião, a comunidade foi atacada pelos estudantes. Disseram que Campanha não os recebiam bem. Que os aluguéis eram caros demais. Que proprietários não queriam alugar para a formação de repúblicas. Todos, coitados, uns injustiçados pelos campanhenses;

• quando cruzamos pelas ruas da cidade com alunos e professores desta instituição, nem um "bom dia" ou um "oi!". Ou mesmo um simples olhar esboçando um sorriso;

• no desfile em comemoração ao aniversário da cidade, todas as escolas participaram. Estaduais e municipais. Públicas e privadas. Todas deram seu suor e carinho para uma grandiosa comemoração de nossa história. Não vi a UEMG.

Percebe-se que integração, diálogo e colaboração acadêmica com a comunidade fica mesmo só no discurso. E não me venham falar que é porque não são representados pela atual gestão. Que não participaram por causa de corpo mole ou omissão da direção da UEMG. Se estão tão interessados e dispostos a colaborar com a comunidade, que fizessem valer sua participação, mesmo que independentes. Assim como se infiltraram nas passeatas políticas organizadas por uma escola estadual meses atrás. Ali não precisaram de salvo-conduto da direção da universidade.

Ou talvez seja apenas arrogância mesmo, por serem alunos e professores acadêmicos, se sentem acima do cidadão comum.
Pregam o socialismo, mas vivem num mundinho acadêmico hermeticamente fechado. Sua "intelectualidade" nobre não pode se aproximar da plebe ignorante.

Obs: não é generalizado. Tenho amigos alunos e professores na Unidade Campanha. Como toda regra, sabemos das excessões.

Facebook em 17/11/2017

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Administração no Regime Militar e hoje na "democracia".

Coronel Haroldo Correia de Matos, estudou no Colégio Militar do RJ (curso da arma de engenharia); formou-se engenheiro eletricista pelo IME; pós graduou-se na Califórnia; obteve grau master of science em Boston. Em Pasadena, fez estudos especiais de engenharia de sistemas e estágio em manutenção de programação de computadores. Teve vasta experiência como professor universitário (UFRJ, IME, PUC RJ). Foi diretor da Cetel, Embratel. Conselheiro do Serpro.

De 1969 a 1974 presidiu a ECT (atual Correios). Podemos ver que neste período a ECT era empresa de ponta. Era organizada e eficiente. Funcionava perfeitamente. Mesmo sem toda a tecnologia de que hoje dispomos. Era sonho de emprego de qualquer cidadão. Pagava bem, inúmeros benefícios a seus servidores e familiares.

Em nossos dias observamos a grande dificuldade de estudantes de engenharia (todas elas) em conseguir um estágio para a conclusão do curso. Mesmo sem remuneração a dificuldade é grande. Em compensação vemos favores políticos colocando em cargos de diretoria em estatais, com salários altíssimos (aqui em MG é igual água), sujeitos que nem o ensino regular possuem. Vide Cemig.

Só não vão à falência estes órgãos, porque aqueles que detém o poder (políticos) aumentam os impostos. Assim garantem suas mordomias, altos salários e de seus asseclas. Todos a mamar nas tetas do estado. Alimentados pelo suor dos pagadores de impostos.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Carta aberta a Silvio Santos

Em 1978, Campanha participou do programa "Cidade contra Cidade" do apresentador Silvio Santos. Na oportunidade, Campanha perdeu para a cidade paulista de Limeira. Lembro que fui com meu pai e primos (não lembro se um ou mais ônibus sairam da Rua Direita, em frente a igreja das Dores). Tinha eu 13 anos na época.

Lembro ainda que a cidade ficou revoltada, pois em varias provas, Campanha ganharia fácil. Porém como dependiam de votos de jurados, evidentemente uma cidade pelo menos 10 vezes maior que a pequenina Campanha, não poderia sair derrotada num programa de tv transmitido a nivel nacional. 

Achei uma "Carta Aberta" publicada no jornal "Gazeta de Varginha" do dia 25/03/1978. Assinada pelos campanhenses Vicente Baldo, Harold Monticelli, Geraldo Serrano, Rui Vilhena, Rogério Prado e Fernando Bacha.