terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Juventude católica campanhense precisa ser melhor preparada.

Lendo alguns debates acalorados no Feicebuqui, de jovens campanhenses, fiquei assustado com o numero de católicos que defendem o aborto. São adolescentes que participam (ou participaram) assiduamente de movimentos paroquiais, fresquinhos na Crisma. 

Não sei o que acontece nos encontros, mas com certeza não deve ser voltado a um profundo conhecimento da Sã Doutrina. Percebemos jovens despreparados para uma defesa séria, bem embasada dos ensinamentos da Mãe Igreja. Ao contrário, sentem-se mais à vontade para aderir ao pensamento "acadêmico" de defesa ao aborto (ideologia de gênero também).

Dá a impressão de que são católicos enquanto estão na missa ou em encontros de jovens. Ou seja, tem uma vida dividida entre a Igreja e o mundo. Enquanto no mundo, não tem ardência, coragem para trazer à tona seus princípios católicos. Não querem pagar mico defendendo pontos capitais da Verdadeira Religião. Não querem perder a amizade e aceitação dos professores (universitários ou não), dos colegas, enfim daqueles que os cercam.

Aborto é um pecado que bradam os Céus. Praticar ou apoiar o assassinato de inocentes é excomunhão automática. Senão vejamos o que diz o Catecismo:

"2271. A Igreja afirmou, desde o século I, a malícia moral de todo o aborto provocado. E esta doutrina não mudou. Continua invariável. O aborto directo, isto é, querido como fim ou como meio, é gravemente contrário à lei moral:
«Não matarás o embrião por meio do aborto, nem farás que morra o recém-nascido».
«Deus [...], Senhor da vida, confiou aos homens, para que estes desempenhassem dum modo digno dos mesmos homens, o nobre encargo de conservar a vida. Esta deve, pois, ser salvaguardada, com extrema solicitude, desde o primeiro momento da concepção; o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis».
2272. A colaboração formal num aborto constitui falta grave. A Igreja pune com a pena canónica da excomunhão este delito contra a vida humana. «Quem procurar o aborto, seguindo-se o efeito («effectu secuto») incorre em excomunhão latae sententiae, isto é, «pelo facto mesmo de se cometer o delito» e nas condições previstas pelo Direito. A Igreja não pretende, deste modo, restringir o campo da misericórdia. Simplesmente, manifesta a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente que foi morto, aos seus pais e a toda a sociedade."
Lembro que há alguns anos atrás, em um dia de semana qualquer, estava em Varginha e para esperar minha mãe ter alta de um exame de cateterismo, fui até a igreja. Fiquei um bom tempo lá em adoração ao Santíssimo. Fiquei muito feliz, com a quantidade de jovens que adentravam a capela para adorar Nosso Senhor. Era um horário de troca de turno escolar. Matutino/Vespertino. Entravam jovens com suas mochilas e livros. Alguns chegavam a se prostrar. Vi garotos e garotas com diversos uniformes: de escolas públicas e particulares. Provavelmente esta juventude está sendo bem preparada. Confesso que senti uma certa inveja.  Afinal moro na cidade sede da Diocese.

Portanto deixo aqui meu apelo aos pais e agentes de pastoral, para que olhem com carinho para seus filhos e aprendizes. Procurem conhecer mais sobre a Doutrina da nossa Igreja. Sem conhecer, como ensinar? Orientem. Sugiram bons livros. Estudem com eles. Discutam o que aprenderam. Formemos católicos fortes na fé. Prontos para mudar este planeta. Que possamos ser sal da terra e luz do mundo. Para isso, precisamos de muita oração, mas também debruçar sobre os documentos da Igreja. O católico é um autodidata. E como é gostoso e gratificante conhecer a fundo a igreja de Nosso Senhor.

Fonte da citação: Catecismo da Igreja Católica - CIC

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